20 agosto, 2012

Harder

Does it thrill? Does it sting?
When you feel what I bring; And you wish that you had me to hold.

Eu estava com meu skate, remando tranquilamente pela Avenida Paulista, era mais ou menos 21:30, e estava com um amigo. Mas ao mesmo tempo não estava, pois estava na frente com meus fones e ouvindo música no último volume. Sem pensar na vida, só sentindo o vento no meu rosto e a música tomando conta.

Uma ligação, ele...

- Oi. Eu disse: - Olá, tudo bem?
- Não, onde você está?
- Num passeio com meu amigo...
Silêncio.
- Amigo?! Ele perguntou.
- Sim, amigo. Que cê quer hein, Rafa?
Silêncio.
- Queria te ver, pode ser?
Senti uma pontada. Era tudo o que eu queria, vê-lo e me iludir mais uma vez, naquela encenação de amor falsa que tínhamos e não conseguíamos deixar de ter.
- Daqui duas horas me encontra na minha casa.

Desliguei, não queria ouvir ele comemorar por poder me ter tão facilmente de novo. Dei uma desculpa qualquer ao meu amigo e fomos para casa. No caminho, ele meu amigo, insistia para dizer porque tinha tomado aquela decisão e parecia brava. Eu não queria contar, orgulhosa demais para admitir que iria novamente me encontrar com o Rafa.

Meu amigo parou de insistir  e fechou a cara e fiquei olhando pela janela do ônibus. Via carros passarem em alta velocidade, demais para minha cabeça agora bagunçada. Vi uma sombra entre os carros e como era noite não me importei. Coisa ridícula, agora estava vendo fantasmas.

O meu amigo me deixou na minha rua e foi embora. Entrei em casa, joguei o skate em baixo da cama e fui tirando minha roupa e deixando por toda a casa, até chegar ao banheiro. Tomei banho e me arrumei esperando ele. Trinta minutos depois do combinado, ele toca a campanhia.

- Oi... éér, cê tá linda Leela.
- Aham, entra.

Ele entrou me olhando de maneira estranha, como se estivesse drogado, de novo... Me agarrou e estava um pouco violento para a situação. Eu o empurrei, ele me pegou pelo cabelo e me puxou pra ele. Ele sabia que eu gostava daquele jogo. Chegou perto do meu ouvido e disse. - Você é minha, sempre foi, e hoje será mais minha que nunca. Me arrepiei, a voz dele parecia assustadora e deliciosa ao mesmo tempo. Tive vontade de morde-lo. Ele me beijou, e foi tirando minha roupa. Quer dizer, completamente arrancando. Ele passava a mão dele por todo meu corpo, me tocando, me fazendo gemer e tremer. Me virava e beijava minha nuca, descia as costas  e me virava novamente.  Senti tanto tesão. De repente ele parou e me empurrou. Fiquei um tanto desnorteada, admito. Ele nunca tinha feito aquilo.
- Não posso, eu não posso fazer isso com contigo Leela, nem com ela...
Ela?! Ela?! Pensei enfurecida.
- Quem é essa vagabunda? perguntei estressada, procurando as minhas roupas.
- Leela, eu não te amo mais.

Simplesmente se virou e foi embora. Me deixando parada olhando a porta se fechar contra mim. Ele me deixou um presente, ele sabia que faria, então que fosse dele, um revolver.
Não hesitei...



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário :)