08 agosto, 2012

Amor ou Medo


Entre estas duas escolhas, acho que pensando bem optei por escolher o medo.
O medo que tinha em te perder, o medo de não satisfazer as tuas necessidades, o medo de não ser suficiente para ti durante todo o tempo em que estivemos juntos.
Também senti amor, porque sinto saudades tuas e essas saudades ainda doem, mesmo na dor, sinto amor. Quando sinto a tua falta, a falta que me fazes, ainda sinto a dor de não te ter, é quando o medo surge.
Medo de perder, medo de não te voltar a ter, mas são nesses momentos que eu penso o quanto te amo, mesmo que estejas distante.
Sinto esse amor profundamente dentro do meu peito e toda a tristeza se desvanece. 
Mesmo que exista algo que aconteceu no meu dia-a-dia, posso até ficar triste, magoada, infeliz ou angustiada, mergulhando de novo no medo, posso ter medo de sofrer e com isso rejeito a dor que o acontecimento pode me trazer.
Só que uma vez mais a escolha pelo amor volta para cima da mesa e penso que aquele acontecimento foi apenas um veículo para provocar algumas lágrimas que estavam já algum tempo prontas para descer pelo meu rosto, dando-me a oportunidade de vivenciar uma dor mais antiga do que eu possa ter imaginado e chegue à conclusão que afinal não me és tão indiferente como podia acreditar.
Opto por escolher o amor, opto por amar a consciência que tenho hoje e os acontecimentos tristes surgem para que eu possa fazer o luto das tristezas antigas.

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